Exemplos De Requisitos Não Funcionais De Um Software, uma parte crucial do desenvolvimento de qualquer software, definem como o sistema deve se comportar além de suas funções básicas. Eles garantem que o software seja confiável, seguro, fácil de usar e atenha às expectativas dos usuários, tornando-o prático e eficiente.
Compreender esses requisitos é fundamental para construir softwares de alta qualidade que atendam às necessidades dos usuários e sejam bem-sucedidos no mercado.
Neste guia completo, vamos explorar os diferentes tipos de requisitos não funcionais, desde desempenho e segurança até usabilidade e portabilidade, com exemplos práticos em diversos cenários. Abordaremos métodos de documentação e validação, bem como os desafios de gerenciar esses requisitos, fornecendo insights valiosos para desenvolvedores, gerentes de projetos e todos os envolvidos no processo de criação de software.
Introdução aos Requisitos Não Funcionais: Exemplos De Requisitos Não Funcionais De Um Software
Imagine você encomendando um carro. Você quer um carro que te leve de A para B, certo? Mas, e se o carro for lento, barulhento, ou se a porta travar toda hora? Isso é o que os requisitos não funcionais tratam: as características que vão além do básico, mas que impactam diretamente na experiência do usuário e no sucesso do software.
Os requisitos não funcionais são cruciais para garantir que o software seja não só funcional, mas também útil, confiável e agradável de usar. Eles definem como o sistema deve se comportar, além de suas funcionalidades básicas.
Diferença entre Requisitos Funcionais e Não Funcionais
Para entender melhor a importância dos requisitos não funcionais, vamos comparar com os requisitos funcionais. Os requisitos funcionais descrevem o que o sistema faz, enquanto os requisitos não funcionais definem como o sistema faz.
- Requisitos Funcionais:O que o sistema faz. Exemplos: “O sistema deve permitir que o usuário faça login”, “O sistema deve calcular o valor total da compra”, “O sistema deve enviar um email de confirmação de pedido”.
- Requisitos Não Funcionais:Como o sistema faz. Exemplos: “O sistema deve ser responsivo em até 2 segundos”, “O sistema deve ter alta disponibilidade”, “O sistema deve ser seguro e proteger dados confidenciais”.
Exemplos de Requisitos Não Funcionais
Os requisitos não funcionais variam de acordo com o tipo de software e as necessidades do projeto. No entanto, alguns exemplos comuns são:
- Desempenho:Tempo de resposta, taxa de transferência de dados, uso de recursos, capacidade de lidar com carga alta.
- Segurança:Autenticação, autorização, criptografia, proteção contra ataques, conformidade com leis e regulamentos.
- Disponibilidade:Tempo de atividade, tolerância a falhas, capacidade de recuperação de desastres, backup e restauração.
- Manutenibilidade:Facilidade de atualização, modularidade, documentação, testes unitários.
- Usabilidade:Interface amigável, navegação intuitiva, acessibilidade para pessoas com deficiência, facilidade de aprendizado.
- Confiabilidade:Precisão, consistência, integridade dos dados, tratamento de erros.
Tipos de Requisitos Não Funcionais
Agora que você já entendeu o que são requisitos não funcionais, vamos mergulhar nos diferentes tipos que podem impactar o desenvolvimento de um software. Cada tipo representa um aspecto crucial que influencia a experiência do usuário e o sucesso do projeto.
Desempenho
O desempenho do software se refere à sua capacidade de responder às solicitações do usuário de forma rápida e eficiente. Um software com bom desempenho é ágil, responsivo e oferece uma experiência suave ao usuário.
- Tempo de resposta:Quanto tempo o sistema leva para responder a uma solicitação do usuário? Um tempo de resposta rápido é crucial para uma boa experiência do usuário.
- Taxa de transferência de dados:A velocidade com que os dados são transferidos entre o sistema e o usuário. Um sistema com alta taxa de transferência garante que as informações sejam exibidas rapidamente.
- Taxa de processamento:A velocidade com que o sistema processa as informações. Um sistema com alta taxa de processamento é capaz de lidar com grandes quantidades de dados de forma eficiente.
Exemplo:Um sistema de e-commerce deve ter um tempo de resposta rápido para que os usuários possam navegar pelo site e realizar compras sem frustrações. Uma plataforma de streaming de vídeo precisa ter uma taxa de transferência de dados alta para garantir a reprodução suave dos vídeos.
Segurança
A segurança do software garante que os dados do usuário e as informações confidenciais estejam protegidos de acesso não autorizado, modificações ou perda. A segurança é crucial para a confiança do usuário e a integridade do sistema.
- Autenticação e autorização:Garantir que apenas usuários autorizados tenham acesso ao sistema e aos dados.
- Criptografia:Proteger os dados confidenciais durante o armazenamento e a transmissão.
- Controle de acesso:Definir níveis de acesso diferentes para diferentes usuários, garantindo que cada um tenha acesso apenas às informações necessárias.
Exemplo:Um sistema bancário online precisa ter medidas de segurança robustas para proteger as informações financeiras dos clientes. Um aplicativo de saúde deve garantir a privacidade e a segurança dos dados médicos dos usuários.
Disponibilidade
A disponibilidade do software se refere à sua capacidade de estar acessível aos usuários quando necessário. Um software disponível é aquele que está online e funcionando como esperado, sem interrupções ou falhas.
- Tempo de atividade:A porcentagem de tempo em que o sistema está disponível para os usuários. Um tempo de atividade alto é crucial para sistemas críticos, como hospitais e bancos.
- Tempo de inatividade:A quantidade de tempo em que o sistema está indisponível para os usuários. Um tempo de inatividade baixo é crucial para minimizar as interrupções no serviço.
- Tolerância a falhas:A capacidade do sistema de continuar funcionando mesmo em caso de falha de um componente. A tolerância a falhas é crucial para garantir a disponibilidade contínua do sistema.
Exemplo:Um sistema de controle de tráfego aéreo deve ter alta disponibilidade para garantir a segurança das aeronaves. Um site de notícias precisa estar disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, para que os usuários possam acessar as informações mais recentes.
Manutenibilidade
A manutenibilidade do software se refere à facilidade com que o sistema pode ser modificado, atualizado e corrigido. Um software manutenível é mais fácil de manter, evoluir e adaptar às mudanças nos requisitos do usuário.
- Modularidade:O sistema deve ser dividido em módulos independentes, facilitando a modificação e atualização de partes específicas do sistema.
- Documentação:A documentação do código deve ser clara e completa para que os desenvolvedores possam entender e modificar o sistema com facilidade.
- Testes:O sistema deve ser testado regularmente para garantir que as alterações não introduzam erros no sistema.
Exemplo:Um sistema de gestão de estoque deve ser fácil de atualizar quando novos produtos são adicionados ou quando as informações de estoque são modificadas. Um sistema de CRM deve ser fácil de corrigir quando bugs são encontrados ou quando novos recursos são adicionados.
Usabilidade
A usabilidade do software se refere à facilidade com que os usuários podem aprender, usar e interagir com o sistema. Um software com boa usabilidade é intuitivo, fácil de aprender e agradável de usar.
- Simplicidade:O sistema deve ser fácil de entender e usar, com uma interface simples e intuitiva.
- Clareza:As informações devem ser apresentadas de forma clara e concisa, sem ambiguidades.
- Consistência:O sistema deve ter uma interface consistente, com elementos e funcionalidades semelhantes em todas as partes do sistema.
Exemplo:Um aplicativo de banco online deve ter uma interface simples e intuitiva para que os usuários possam realizar transações com facilidade. Um site de comércio eletrônico deve ter um processo de compra claro e fácil de seguir.
Portabilidade
A portabilidade do software se refere à sua capacidade de ser executado em diferentes plataformas e ambientes. Um software portável pode ser executado em diferentes sistemas operacionais, dispositivos e navegadores, sem a necessidade de grandes modificações.
- Linguagens de programação:O sistema deve ser escrito em linguagens de programação que sejam compatíveis com diferentes plataformas.
- Bibliotecas:O sistema deve usar bibliotecas que sejam compatíveis com diferentes plataformas.
- Plataformas:O sistema deve ser projetado para ser executado em diferentes plataformas, como Windows, macOS e Linux.
Exemplo:Um aplicativo móvel deve ser portável para diferentes sistemas operacionais, como Android e iOS. Um software de escritório deve ser portável para diferentes navegadores, como Chrome, Firefox e Safari.
Confiabilidade
A confiabilidade do software se refere à sua capacidade de funcionar corretamente sob condições normais de uso. Um software confiável é aquele que é estável, livre de erros e produz resultados precisos.
- Estabilidade:O sistema deve ser estável e livre de falhas, mesmo sob condições de uso intenso.
- Precisão:O sistema deve produzir resultados precisos e confiáveis.
- Tolerância a falhas:O sistema deve ser capaz de lidar com erros e falhas de forma robusta, sem comprometer a integridade do sistema.
Exemplo:Um sistema de controle de temperatura em uma fábrica deve ser confiável para garantir a segurança e a qualidade dos produtos. Um sistema de navegação GPS deve ser confiável para fornecer informações precisas sobre rotas e destinos.
Escalabilidade
A escalabilidade do software se refere à sua capacidade de lidar com um aumento no número de usuários, dados ou transações. Um software escalável é capaz de se adaptar às mudanças nas demandas do usuário, sem afetar o desempenho do sistema.
- Escalabilidade horizontal:A capacidade de adicionar mais servidores ou recursos ao sistema para lidar com um aumento na demanda.
- Escalabilidade vertical:A capacidade de aumentar a capacidade de processamento de um único servidor para lidar com um aumento na demanda.
- Otimização de recursos:O sistema deve ser otimizado para usar os recursos de forma eficiente, garantindo que o sistema possa lidar com um aumento na demanda sem afetar o desempenho.
Exemplo:Um site de mídia social precisa ser escalável para lidar com um aumento no número de usuários e na quantidade de dados. Um sistema de e-commerce deve ser escalável para lidar com um aumento nas transações durante eventos promocionais.
Exemplos de Requisitos Não Funcionais em Diferentes Cenários
Agora que você já entendeu os diferentes tipos de requisitos não funcionais, vamos explorar como eles se aplicam a sistemas reais. Para isso, vamos analisar exemplos específicos de requisitos não funcionais em três cenários distintos: um sistema de e-commerce, um sistema de controle de estoque e um sistema de gestão de pacientes.
Exemplos de Requisitos Não Funcionais em um Sistema de E-commerce
Um sistema de e-commerce precisa atender a uma série de requisitos não funcionais para garantir uma experiência de compra satisfatória para os clientes e um bom funcionamento do negócio. Veja alguns exemplos:
Tipo de Requisito | Descrição | Exemplo |
---|---|---|
Desempenho | O sistema deve ser rápido e responsivo, com tempos de carregamento de páginas e processamento de pedidos baixos. | O tempo de resposta para a página inicial do site deve ser inferior a 2 segundos. |
Disponibilidade | O sistema deve estar disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, com um tempo de inatividade mínimo. | O sistema deve ter uma disponibilidade de 99,9%, o que significa que ele só pode ficar indisponível por no máximo 52 minutos e 36 segundos por ano. |
Segurança | O sistema deve proteger os dados dos clientes e do negócio, garantindo a confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações. | O sistema deve utilizar criptografia SSL para proteger as informações de cartão de crédito dos clientes durante o processo de pagamento. |
Usabilidade | O sistema deve ser fácil de usar e navegar, com uma interface amigável e intuitiva. | O sistema deve ter um processo de checkout simples e direto, com um número mínimo de etapas. |
Manutenibilidade | O sistema deve ser fácil de manter e atualizar, com um design modular e documentação completa. | O sistema deve ter um sistema de logs que permita identificar e solucionar problemas rapidamente. |
Exemplos de Requisitos Não Funcionais em um Sistema de Controle de Estoque
Um sistema de controle de estoque precisa ser confiável, preciso e eficiente para garantir a gestão adequada dos produtos e a otimização dos processos de compra e venda. Alguns exemplos de requisitos não funcionais nesse contexto:
Tipo de Requisito | Descrição | Exemplo |
---|---|---|
Precisão | O sistema deve ser preciso na contabilização dos produtos em estoque, evitando erros de inventário. | O sistema deve ter um mecanismo de validação de dados que garanta a precisão da informação de estoque. |
Confiabilidade | O sistema deve ser confiável, com dados consistentes e atualizados em tempo real. | O sistema deve ter um sistema de backup e recuperação de dados que garanta a segurança e integridade das informações. |
Escalabilidade | O sistema deve ser capaz de lidar com um grande volume de dados e transações, sem comprometer o desempenho. | O sistema deve ser capaz de gerenciar o estoque de milhares de produtos, com um alto volume de transações diárias. |
Integração | O sistema deve ser integrado a outros sistemas, como sistemas de vendas, de compras e de contabilidade. | O sistema deve ter uma API que permita a integração com outros sistemas de forma fácil e eficiente. |
Segurança | O sistema deve proteger os dados do estoque contra acesso não autorizado, garantindo a integridade e confidencialidade das informações. | O sistema deve ter um sistema de controle de acesso que permita apenas usuários autorizados a visualizar e modificar os dados do estoque. |
Exemplos de Requisitos Não Funcionais em um Sistema de Gestão de Pacientes
Um sistema de gestão de pacientes exige atenção especial aos requisitos não funcionais, pois lida com informações confidenciais e sensíveis. A segurança, a confiabilidade e a usabilidade são cruciais para garantir um bom atendimento aos pacientes e um funcionamento eficiente do sistema.
Tipo de Requisito | Descrição | Exemplo |
---|---|---|
Segurança | O sistema deve garantir a segurança dos dados dos pacientes, protegendo-os contra acesso não autorizado, perda e modificação. | O sistema deve ter um sistema de autenticação de usuários com diferentes níveis de acesso, além de criptografia para proteger os dados confidenciais. |
Confiabilidade | O sistema deve ser confiável, com dados consistentes e atualizados, garantindo a precisão e a integridade das informações. | O sistema deve ter um sistema de backup e recuperação de dados que garanta a segurança e integridade das informações. |
Usabilidade | O sistema deve ser fácil de usar para os profissionais de saúde, com uma interface intuitiva e amigável. | O sistema deve ter uma interface gráfica simples e organizada, com menus e recursos fáceis de encontrar e utilizar. |
Performance | O sistema deve ser rápido e responsivo, com tempos de carregamento de páginas e processamento de dados baixos. | O sistema deve ter um tempo de resposta para consultas e atualizações de dados inferior a 2 segundos. |
Acessibilidade | O sistema deve ser acessível a todos os usuários, incluindo pessoas com deficiência. | O sistema deve ter recursos de acessibilidade, como texto alternativo para imagens, teclado de navegação e suporte para leitores de tela. |
Documentação de Requisitos Não Funcionais
É fundamental documentar os requisitos não funcionais de forma clara e precisa para garantir que o software atenda às expectativas dos stakeholders. Essa documentação serve como um guia para o desenvolvimento e testes, além de permitir a comunicação eficaz entre as partes envolvidas.
Métodos de Documentação
A escolha do método de documentação depende da complexidade do projeto, das necessidades dos stakeholders e do nível de formalidade desejado. Alguns dos métodos mais utilizados incluem:
- Especificações de Requisitos de Software (ERS):A ERS é um documento formal que descreve todos os requisitos do software, incluindo os requisitos não funcionais. É amplamente utilizada em projetos complexos com equipes grandes e diversas. A ERS fornece um guia detalhado para o desenvolvimento e testes, mas pode ser complexa e demorada para criar.
- Listas de Verificação:As listas de verificação são documentos simples que listam os requisitos não funcionais a serem considerados. Elas são úteis para projetos menores e podem ser facilmente atualizadas. No entanto, as listas de verificação podem não fornecer detalhes suficientes sobre os requisitos.
- Tabelas:As tabelas são uma forma organizada de apresentar os requisitos não funcionais, agrupando-os por categoria e definindo os níveis de exigência para cada um. As tabelas são fáceis de entender e comparar, mas podem ser complexas para projetos com muitos requisitos.
- Casos de Uso:Os casos de uso descrevem a interação do usuário com o sistema e podem incluir requisitos não funcionais como desempenho, segurança e usabilidade. Os casos de uso são úteis para projetos com foco na experiência do usuário, mas podem ser complexos para projetos com muitos casos de uso.
Comparação de Vantagens e Desvantagens
Método | Vantagens | Desvantagens |
---|---|---|
ERS | – Detalhada e completa- Guia preciso para desenvolvimento e testes- Comunicação eficaz entre stakeholders | – Complexa e demorada para criar- Pode ser difícil de manter atualizado |
Listas de Verificação | – Simples e fácil de usar- Fácil de atualizar- Adequada para projetos menores | – Pode não fornecer detalhes suficientes- Pode não ser completa |
Tabelas | – Organizada e fácil de entender- Facilita a comparação de requisitos- Adequada para projetos com muitos requisitos | – Pode ser complexa para projetos com muitos requisitos- Pode não ser suficiente para definir requisitos complexos |
Casos de Uso | – Foco na experiência do usuário- Permite a identificação de requisitos não funcionais relacionados à usabilidade- Adequada para projetos com foco na experiência do usuário | – Pode ser complexa para projetos com muitos casos de uso- Pode não ser suficiente para definir requisitos não funcionais complexos |
Exemplo de Documentação de Requisito de Segurança, Exemplos De Requisitos Não Funcionais De Um Software
Exemplo de documentação de um requisito de segurança utilizando uma tabela:
Categoria | Requisito | Nível de Exigência | Descrição |
---|---|---|---|
Segurança | Autenticação de Usuários | Alto | O sistema deve implementar um mecanismo de autenticação de dois fatores para todos os usuários, incluindo a verificação por SMS ou e-mail, além da senha. |
Validação de Requisitos Não Funcionais
Validar os requisitos não funcionais durante o desenvolvimento de software é crucial para garantir que o sistema final atenda às expectativas dos usuários e stakeholders. Essa validação garante que os requisitos, como desempenho, segurança e usabilidade, sejam cumpridos e que o software seja funcional e confiável.
Técnicas de Validação
A validação dos requisitos não funcionais pode ser realizada por meio de diversas técnicas, que incluem a análise de documentos, inspeções, testes e demonstrações.
Análise de Documentos
A análise de documentos envolve a revisão da documentação do projeto para verificar se os requisitos não funcionais estão bem definidos, completos e consistentes. Essa análise pode ser realizada por especialistas em requisitos, desenvolvedores ou testadores.
Inspeções
As inspeções são realizadas por um grupo de especialistas, que revisam o código-fonte, a documentação e outros artefatos do projeto para identificar possíveis falhas na implementação dos requisitos não funcionais. As inspeções podem ser realizadas em diferentes etapas do desenvolvimento, como durante o design, a codificação e os testes.
Testes
Os testes são a técnica mais comum para validar os requisitos não funcionais. Existem diversos tipos de testes que podem ser utilizados, como testes de desempenho, testes de segurança, testes de usabilidade e testes de confiabilidade.
- Testes de Desempenho: Avaliam a capacidade do sistema de atender aos requisitos de desempenho, como tempo de resposta, taxa de transferência de dados e utilização de recursos. Esses testes podem ser realizados utilizando ferramentas de monitoramento de desempenho e simuladores de carga.
- Testes de Segurança: Verificam se o sistema está protegido contra ataques e ameaças de segurança, como invasões, vírus e ataques de negação de serviço. Esses testes podem ser realizados utilizando ferramentas de análise de vulnerabilidades e testes de penetração.
- Testes de Usabilidade: Avaliam a facilidade de uso e a intuitividade do sistema para os usuários finais. Esses testes podem ser realizados utilizando métodos de observação, questionários e testes de usabilidade com usuários reais.
- Testes de Confiabilidade: Verificam a capacidade do sistema de operar sem falhas por um determinado período de tempo. Esses testes podem ser realizados utilizando métodos de simulação de falhas e testes de recuperação de erros.
Demonstrações
As demonstrações são realizadas para apresentar o sistema aos stakeholders e validar se ele atende aos requisitos não funcionais. As demonstrações podem ser realizadas em diferentes etapas do desenvolvimento, como durante a fase de protótipo e após a implementação do sistema.
Ferramentas de Validação
Existem diversas ferramentas que podem auxiliar na validação dos requisitos não funcionais, como:
- Ferramentas de Teste de Desempenho: JMeter, LoadRunner, Gatling. Essas ferramentas permitem simular a carga de usuários em um sistema e medir o desempenho em diferentes cenários.
- Ferramentas de Teste de Segurança: Burp Suite, OWASP ZAP, Nessus. Essas ferramentas permitem identificar vulnerabilidades de segurança em aplicações web e sistemas de informação.
- Ferramentas de Teste de Usabilidade: UserTesting, Hotjar, Crazy Egg. Essas ferramentas permitem realizar testes de usabilidade com usuários reais e coletar dados sobre a experiência do usuário.
- Ferramentas de Monitoramento de Desempenho: New Relic, Dynatrace, AppDynamics. Essas ferramentas permitem monitorar o desempenho de sistemas em tempo real e identificar possíveis problemas.
Validação Contínua
A validação dos requisitos não funcionais não é um processo único, mas sim um processo contínuo que deve ser realizado durante todo o ciclo de vida do desenvolvimento de software. É importante realizar testes e análises regulares para garantir que os requisitos não funcionais estejam sendo cumpridos.
Considerações sobre Requisitos Não Funcionais
Definir e gerenciar requisitos não funcionais em projetos de software pode ser um desafio, pois exigem atenção e cuidado para garantir que o software atenda às expectativas dos usuários e dos stakeholders. As implicações de requisitos não funcionais conflitantes podem levar a atrasos, custos adicionais e até mesmo o fracasso do projeto.
Implicações de Requisitos Não Funcionais Conflitantes
Requisitos não funcionais conflitantes podem surgir quando diferentes stakeholders têm expectativas divergentes sobre como o software deve funcionar. Por exemplo, um stakeholder pode priorizar a segurança, enquanto outro pode priorizar a performance. Esses conflitos podem dificultar o desenvolvimento de um software que atenda a todos os requisitos.
- Um exemplo comum é o conflito entre performance e segurança. Um sistema de alta performance pode ser vulnerável a ataques, enquanto um sistema altamente seguro pode ser lento.
- Outro exemplo é o conflito entre usabilidade e segurança. Um sistema fácil de usar pode ser mais vulnerável a ataques, enquanto um sistema seguro pode ser difícil de usar.
Estratégias para Lidar com Requisitos Não Funcionais Complexos
Gerenciar requisitos não funcionais complexos exige estratégias eficientes para garantir que o software atenda às necessidades dos stakeholders.
- Priorização:Definir prioridades para os requisitos não funcionais é essencial para garantir que os mais importantes sejam atendidos. Isso pode ser feito através de workshops com stakeholders para determinar quais requisitos são críticos para o sucesso do projeto.
- Documentação:Documentar os requisitos não funcionais de forma clara e concisa é fundamental para garantir que todos os stakeholders estejam alinhados. A documentação deve incluir informações sobre como os requisitos serão medidos e testados.
- Teste:Testar os requisitos não funcionais ao longo do ciclo de desenvolvimento é crucial para garantir que o software esteja funcionando como esperado. Os testes devem ser realizados em diferentes cenários para verificar se o software atende aos requisitos em condições reais.
- Flexibilidade:Reconhecer que os requisitos não funcionais podem mudar ao longo do desenvolvimento é essencial. As equipes de desenvolvimento devem ser flexíveis e capazes de se adaptar às mudanças, ajustando o software conforme necessário.
Ao dominar os conceitos de requisitos não funcionais, você estará apto a construir softwares que sejam confiáveis, seguros, fáceis de usar e atendem às expectativas dos usuários. Essa compreensão é essencial para garantir o sucesso do seu projeto, pois contribui para uma experiência positiva do usuário e um produto final de alta qualidade.
Lembre-se de considerar os requisitos não funcionais desde o início do desenvolvimento, documentá-los claramente e validá-los rigorosamente para construir softwares excepcionais.